segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Para os amigos ASPs, um momento de reflexão.


ORAÇÃO DO AGENTE PENITENCIÁRIO

SENHOR;

Muitos não sabem, mas Vós sabeis que não tenho dia certo, hora certa, local certo, obrigação certa.

Muitos não sabem, mas Vós sabeis que nas noites frias estarei sozinho, anônimo, no silêncio, mas vigilante, velando para que a população tenha um nosso tranqüilo, sem saber, sem ter certeza de que alguém vela por aqueles que em casa deixei.

SENHOR;

Vós sabeis quão dura e difícil é minha missão, quase sempre incompreendida pelos homens.

Vós sabeis que num instante, numa fração de segundo, ate a iminência do perigo, terei de tomar uma decisão imediata que, mais tarde, na calma de momento que não aquele, na tranqüilidade acolhedora de gabinete será apreciada e julgada.

SENHOR;

É tão triste empenhar-me no cumprimento de uma árdua e perigosa missão e depois não me sentir recompensado, sendo injustamente alvo de críticas, calúnias e injúrias.

Contudo, SENHOR;

É compensador o sentimento do dever cumprido, o sentimento de que sou útil à sociedade. Saber que minha simples presença evita que mais delitos se consumam, que aquele delinqüente não mais ferirá, não mais assaltará, não mais perturbará a tranqüilidade alheia, pois está entregue aos cuidados da justiça para sua recuperação.

É compensador, ao final da jornada de trabalho, saber que a ordem se manteve. Saber que nenhum colega se feriu ou deixou de conviver conosco.

Enfim, SENHOR;

Dai-me coragem e seriedade para enfrentar o inimigo da lei e da sociedade através do poder da palavra, da persuasão, da astúcia e da inteligência. E quando porventura falharem os argumentos e eu tiver que empregar a força, iluminai-me Senhor, para que eu necessite utilizar tão somente o mínimo necessário.

Dai-me força, ânimo e sabedoria para renovar diariamente o compromisso que portei perante Vós de defender e garantir a integridade da sociedade, “até com o sacrifício de minha própria”.

Autor desconhecido