domingo, 26 de setembro de 2010

Muita injustiça

Passei o final de semana todo no meio do mato, cursando pra virar Caveira, muita bomba, spray de pimenta e gás lacrimogênico, toda hora no chão, pagando dez, empurrando o planeta, sobe serra e desce morro, progressão ponto a ponto e aquilo tudo que você vê no Tropa de Elite. Fiz muita imobilização e rodei tonfa, e por fim, trouxe o brevê, operacional cursado.
Mas, nesse meio tempo, recebi lá na Base a pior noticia de todas.. perdi um grande companheiro, amigo, irmão...
A cidade nunca mais será a mesma, ninguém mais sentirá o clima alegre do Bariri em Forma... Encontros de moto sempre terão seu minuto de silêncio... Nem tive como dar adeus a meu amigo. Não estava aqui para o sepultamento e acredito, se estivesse não teria tido coragem de assistir aquele grande cara sair de cena.
Todo mundo vira santo depois que morre, mas Marcelo Camilo com certeza vai para uma condição muito mais especial que essa, pois santo ele já era em vida. Que o diga as diversas, e coloca diversas pessoas, que ele sempre ajudou, pelo menos com uma palavra de incentivo. Me lembro dele me dizer super feliz que a esposa estava gravida, depois de muito tempo tentando um filho que ele nunca vai poder pegar nos braços... Chorei muito ontem, chorei muito hoje, estou chorando enquanto escrevo isso. Recebi uma mensagem hoje, quando estava na van retornando para a cidade que hoje está cinzenta e triste (até choveu) e dizia: "Nosso amigo se foi ontem e nunca o disse eu te amo, por isso digo-lhe agora: Eu te amo como a um irmão meu amigo!" Bastou para desabar em prantos no meio dos Caveiras, mas operacional sabe a dor de perder um companheiro, todos estamos sujeitos a isso, principalmente dentro de nossa profissão.
Queria encerrar sem dizer isso, mas não vai ter como. Marcelo, as motos foram a paixão de sua vida, e a razão de sua partida. Caramba, como isso pode ter acontecido? Nesse momento consigo ouvir sua risada contagiante, e ainda não posso acreditar no que aconteceu, muita injustiça, logo com vc irmão? Pelo menos nos sobra um pequeno consolo: O céu com certeza se tornou um lugrar muito divertido agora.
Vele por nós amigo, pois ainda combatemos no meio dos leões!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

tempo de mudar

Estou me preparando para mudar. Para onde? Quando? Aí é que está... Duas importantíssimas perguntas que ainda permanecem sem resposta. Não depende só de mim, mas de todo um sistema e sua absurda complexidade, canais burocráticos quase esclerosados e de vários se's e porque's. De qualquer forma, já tenho uma cama e uma torradeira, o que me impedirá de viver como um mendigo tendo como único bem uma caixa de papelão e um fígado em mal funcionamento. Mudança não apenas física, porém. Arranquei minhas raízes e semeei sal tal como Ulisses, briguei com Poseidon antes da partida, uma incerta Odisseia, e por isso não quero deixar nenhuma Penelope a tecer mortalha, pois não sei o que me aguarda, e preciso estar atento e alerta aos perigos a mim reservados neste vasto oceano que se perde ao horizonte. Peço desculpas a todos, mas não posso embarcar em tal aventura levando tão grande fardo de responsabilidade, já basta a que me será jogada aos ombros, e para tal, necessitarei de toda força e concentração para nãao tê-los vergados.
Momento filtro solar: Carro apertado é que anda. Pena eu ser tão desafinado...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Eu te traí!

Dia desses fui contemplado com duas otimas noticias, e um amigo me disse para olhar mais para o céu, e me chamou de homem de pouca dé. Pensei muito naquilo e resolvi ler uma obra de um autor de muita fé, à procura de um sinal, um toque, uma dica. Devorei dois livros e não consegui nada mais do que confirmar uma suspeita que eu já tinha... o cara é muuuito chato!
Eu te traí, confesso e peço desculpas, Veríssimo, não acontecerá novamente. E justo eu, mais ortodoxo que judeu de barba fui fazer isso... Eu que tenho raizes profundas e cabelos esbranquiçados pelo continuo passar dos tics e tacs... te prometo, veríssimo, foram duas traições em uma só... a primeira e última!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Meio sem motivação... Impotência literária

É... pessoal, desculpem minha omissão, mas estou sem computador já faz um tempo e pra piorar, acho que minha pedra fundamental está um pouco trincada. Com os alicerces abalados não consigo espremer uma letra sequer desses miolos estéreis.
Tomo a liberdade de colocar aqui a antológica frase masculina " Isso nunca me aconteceu antes!"
Impotência literária, será que existe isso? Existe com um outro nome? Bloqueio criativo? Embolia literária? Juro que caso soubesse iria desenhar e colocaria aqui uma figura engraçadíssima que me vem à cabeça ilustrando o vazio que carrego... impotência literária, hahahahaha!!!!!!!!
Do outro lado dessa mesma equação, recebi meu exemplar de "Um dia em nossas vidas" das mãos de meu grande amigo e prolífico escritor Libério Lara, com autógrafo e tudo! Só esqueci de pegar foi o jornal com a resenha que tive a honra de escrever sobre a obra. Prometo a vocês que assim que pegá-lo, publicarei aqui nem que para isso precise recorrer a uma infame lan house!
Obrigado pela companhia de vocês, também da vontade que demonstraram de ler algumas das baboseiras que escrevo.
Eu estava mesmo precisando pegar no tranco! Saindo da inércia virtual, beijos! FUI!!!!!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sobre Cores


Outro dia passei na estrada por um carro verde. Até aí tudo bem, se esse verde não fosse na minha opinião, a mais horrível de todas as cores, verde-lapis-de-cor-que-nuncá-é-usado, daqueles que só são fabricados para compor a caixinha de 36, e que figuram ao lado do branco como um dos que desaparecerão pela ação do tempo sem nunca terem visto um apontador de perto. Afinal, lapis-de-cor branco para que? Tão util, na minha opinião, quanto cinzeiro de moto.

Eu meio que compartilho com a idéia do criador do automovel, Henri Ford, quando diz em sua frase mais famosa que seu carro pode ter a cor que você deseja, desde que ele seja preto.

A tal da cor é muito subjetiva. Enquanto homem, reconheço somente as pioneiras, branco, preto, verde, amarelo, vermelho... variação mesmo, só as do azul em suas belas nuances: azul-claro, azul-escuro e azul-calcinha, e olhe lá!

Então ouço sobre salmão, ciano, fucsia...

Putz! salmão pra mim é petisco, e dos melhores, quanto às outras, acho que podem muito bem figurar na tabela periódica de algum planeta distante que não fará nenhuma diferença na minha existência.

De extravagância pigmentar, me basta a cor de minha preferência, que atende pelo respeitoso nome de ocre-lugubre. Pelo menos ela não vai acabar como moda.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O cara mais famoso da Terra

Acabamos de sair da semana santa, época de meditação, sacrifício e jejum para alguns, de festa, praia e viagens para outros. Para um dos maiores canais de tv especializados em documentarios, e época de vender seu peixe, com programas exclusivamente voltados ao tema, reportagens que tentam ir fundo, trazendoo à luz da tecnologia mais de dois mil anos de mitologia cristã, como pragas e milagres...
O que achei de mais interessante nisso tudo foi o rótulo de "Homem mais Famoso da Terra", e pode ter certeza que a tv não se referia a grandes políticos, dinossauros do rock, vencedores de Big brother nem ao menos proprietários de gigantes da tecnologia.
momento filosófico por mim: JESUS CRISTO É SUPERSTAR, E AINDA DIZEM QUE O PAPA É QUE E POP!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


A aliteração atinge o âmago amargo do analfabeto; beócios bonecos que bocejam com suas bocarras um bodum de bordel burlesco, e caem cientes do canto do cisne, chibatada certeira que corta o clima do coito. Enfim, encerra a estória, excitação que se esvazia pelo estresse. Orgasmo obsceno, ômega em onomatopéia... OOOOHHHHH!!!!!
Peçonhenta palavra, parca pobreza, problema particular e patético, porco poeta!

domingo, 31 de janeiro de 2010

Gossip Guard


Sei que me falta técnica, estilo, capacidade e competência para escrever bem, mesmo assim, ousei lançar aqui uma metáfora de certa forma polêmica.

Metáfora essa surgida após muita lucubração (hahaha).

Imagine uma bela auto estrada com uns.... digamos.... 140 veículos....

Voce conduz tranquilamente na sua faixa, com alguns na sua frente, poucos atrás e raros no acostamento.

Os que seguem seu caminho na faixa certa, perfazendo o percurso correta e legalmente não chegam a somar 30 indivíduos do total geral, contando com vc!

Mas para te atrapalhar, vindo em máxima velocidade pela contra mão com faróis altos acesos além de atirar objetos na pista de rolamento estão vindo os restantes, lhe obrigando a dirigir com estrema cautela, desviando dos veículos e obstáculos por eles lançados sobre seu parabrisa, e buzinando para os outros motoristas, que não suportando tal barulho e algazarra, aderem ao princípio do Se Não Pode vencê-los, Junte a Eles e passam de viajantes no mesmo sentido que você a iconsequentes usuários da via.

Caso consiga chegarinteiro fisicamente a sua casa, certamente sua estrutura psicologica estará em frangalhos, seu nivel de stress e ansiedade batendo picos e sua qualidade de vida e relacionamento familiar bem abaixo do tolerável.

Nossa! Que visão pessimista do trabalho em equipe, nao?

Placa do dia: Em caso de acidente, peça ao alce para dar uma olhada


sábado, 30 de janeiro de 2010

De amor e de dor


Hoje ouvi no rádio a trágica notícia de dois joves da cidade que, desaparecidos no decorrer da semana anterior foram encontrados sem vida, em condições análogas, porém em locais diversos.

Segundo a boca pequena, falácia popular, burburinhos e borburigmos (no sentido literal da palavra), pelo menos um foi caso de auto extermínio movido por uma situação corriqueira de coração partido, mas administrada de forma inadequada.

Antes mesmo de digerir a triste nota, ouço a gasta pérola do sofredor crônico: "É, o amor dói..."

Dói?

Qual o quê?

Dói mesmo é doença, machucado, esfolão. Topada de dedão do pé andando descalço no calçamento, cortar o dedo em folha de jornal, bater a canela na quina quando levanta de noite pra beber água.

Dor de amor pode até existir, mas é dorzinha gostosa, inevitável quando estamos fazendo algo bom e exagera um tiquinho.

É cair na grama andando de bicicleta, tomar sorvete rápido e doer em cima do olho, coceirinha de bicho de pé depois do final de semana na roça, saudade que deixa mais temperada a mistura do encontro!

Amor que mata é amor que sacaneia, que consome pra acabar, cupido com cauda de flecha, amor que sacaneia não é amor que presta.

Amor bom mesmo é "Amor Sacana"

"Bom mesmo é amor devasso, imoral na pele e puro na alma."

domingo, 24 de janeiro de 2010

A Lenda do Rhodesian Ridgeback




Existe uma antiga lenda entre os nativos da África do Sul que explica a origem da crista dorsal nos cachorros. Conta a lenda que em tempos muito remotos existiu uma aldeia Hotentote que estava sendo atacada por um terrível leão. Os habitantes, aterrorizados, nem sequer se atreviam a sair para buscar alimentos e por essa razão os alimentos começaram a se tornar escassos.
Quando a situação se tornou insuportável, decidiram comer os cachorros do povoado. Uma cadela prenhe, temerosa pelo destino de seus filhotes ao nascer, decidiu escapar do povoado. Mesmo correndo o risco de enfrentar o leão, saiu para procurar um covil apropriado para o nascimento de seus filhotes. Tempos depois, tentou regressar à aldeia seguida de sua numerosa prole, mas ao chegar um de seus filhotes foi capturado e devorado pelos famintos moradores. Desesperada, vendo que já não podia fazer nada para evitar o terrível destino de seus filhotes, a cadela decidiu por em prática a última alternativa que tinha: atacar o leão.
O encontraram dormindo à sombra de uma grande acácia. Aproveitando a surpresa inicial, a cadela e seus filhotes atacaram o leão, acuando-o e mordendo com bravura. Os nativos, alertados pelos latidos e rugidos selvagens que proviam da região, tomaram suas armas e correram apressados ao lugar.
O que foi visto lhes assombrou e horrorizou ao mesmo tempo: vários filhotes jaziam mortos, estripados pelas terríveis garras, enquanto os filhotes mais bravos arquejantes e cobertos de sangue, ainda encurralavam a fera. A cadela mordia com toda a força de suas mandíbulas o pescoço do leão, o qual, numa tentativa desesperada para escapar, lhe dilacerou todo o dorso com uma de suas afiadas garras.
Com um ataque certeiro, os nativos liquidaram a fera agonizante. Envergonhados pela sua covardia e agradavelmente assombrados pela coragem e bravura demonstrados pelos seus cachorros, levaram a nobre cadela e os filhotes sobreviventes para o feiticeiro. Ele rogou aos deuses que curassem os bravos animais e que também permitisse à cadela transmitir a sua futura descendência a marca que o leão havia deixado no seu dorso como prova de sua enorme coragem.
Desde então, todos os descendentes desta nobre cadela ostentam no dorso a marca em forma de punhal que os identificam como os Caçadores do Leão.

Placa do dia: Pista de aterrisagem de papamovel


sábado, 23 de janeiro de 2010

MAIS PLACAS


Me desculpem, mas durante as festas de final de ano, uma pessoa me disse aqui em casa que era fã da sessão de placas, mas não me recordo quem...

Depois vc me recorde, ok?

Pra compensar, vamos a elas!!!

Placa do dia:

Torneio de queimada entre mamíferos e animais peçonhentos

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Essa foi ridicula!!!


Impressão no corpo deuma granada:

Atenção: Oferece perigo se utilizada fora do prazo de validade.

Hahaha!!! Essa não me contaram, eu mesmo vi!!!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Merito de c* é r***!

Peguei na caneta hoje para poder falar mal da meritocracia, cheguei até mesmo a rabiscar exatas nove linhas, mas minha revolta com esse sistema é tal que não consegui escrever mais nada além de negativismos e palavrões.
O esquema pode até mesmo ter seus méritos (hahaha), mas ainda não me convenceu que funciona, e a prova que me foi dada hoje só corroborou minhas idéias.
Já havia postado algo a respeito e infelizmente nada mudou na área até o momento.
Enquanto existirem olhos que só enxergam mérito onde querem, vamos remando nessa barca afundada.
Me desculpem, caros leitores, mas hoje eu já estou legal...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A cidade não para

Do alto da minha guarita observo a cidade que não para de crescer. Barulho ensurdecedor de ferramentas e paisagem ocre e cinza, sinal indubitavel de predios em construção.
Em menos de cinco anos, me lembro desse pedacinho como um local ermo, formado apenas por lotes vagos, charcos e a pequena edificação de concreto, grades e arame farpado, que prometi não mais visitar desde 2005 e onde agora me encontro, É, ossos do oficio.
De uma hora para outra, me vi imerso praticamente no centro da cidade, que cresceu fagocitando areas verdes e desabitadas, passou por aqui e em menos de uma quadra, abarcará o horizonte.
E qual é o preço que se paga pelo desenvolvimento economico? Em um curso que fiz junto à corporação amiga PMMG, descobri se tratar Nova Serrana a quarta cidade mais violenta do Estado de Minas.
Parabéns! poucos milhares de habitantes e já tem status suficiente para deixar no chinelo gigantes como Juiz de Fora e Uberlandia.
Chinelo não, tenis. Pena este não ser um dado falsificado como a maior parte dos artigos neste rincão produzidos...