quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sobre Cores


Outro dia passei na estrada por um carro verde. Até aí tudo bem, se esse verde não fosse na minha opinião, a mais horrível de todas as cores, verde-lapis-de-cor-que-nuncá-é-usado, daqueles que só são fabricados para compor a caixinha de 36, e que figuram ao lado do branco como um dos que desaparecerão pela ação do tempo sem nunca terem visto um apontador de perto. Afinal, lapis-de-cor branco para que? Tão util, na minha opinião, quanto cinzeiro de moto.

Eu meio que compartilho com a idéia do criador do automovel, Henri Ford, quando diz em sua frase mais famosa que seu carro pode ter a cor que você deseja, desde que ele seja preto.

A tal da cor é muito subjetiva. Enquanto homem, reconheço somente as pioneiras, branco, preto, verde, amarelo, vermelho... variação mesmo, só as do azul em suas belas nuances: azul-claro, azul-escuro e azul-calcinha, e olhe lá!

Então ouço sobre salmão, ciano, fucsia...

Putz! salmão pra mim é petisco, e dos melhores, quanto às outras, acho que podem muito bem figurar na tabela periódica de algum planeta distante que não fará nenhuma diferença na minha existência.

De extravagância pigmentar, me basta a cor de minha preferência, que atende pelo respeitoso nome de ocre-lugubre. Pelo menos ela não vai acabar como moda.