terça-feira, 28 de outubro de 2008

Alea Jacta Est


Construir uma muralha de confiança emocional é uma tarefa das mais árduas, e nem todos conseguem erguer tal estrutura de forma que ela fique rígida e impenetrável.
Impenetrável? Acredito não haver esse humano que consiga erigir tal obra de engenharia social. Sempre ficam alguns pontos frágeis, talvez muito bem camuflados, mas que deveriam ser melhor protegidos.
Agora percebo a ingenuidade. Justo eu, que acreditava piamente em minha paliçada moral, pronta para resistir até mesmo a um feroz confronto com os mais temíveis peles-vermelhas que a mais fértil imaginação poderia conceber.
Qual foi minha surpresa ao perceber a transformação de meu refratário arrimo em um diáfano véu, balouçando ante a mais leve brisa soprando em direção às minhas veredas.
Só me resta agora esperar a calmaria, para então, quiçá tardiamente, refazer o reboco de minhas paredes, reforçar os alicerces e subir, quem sabe, mais uma ou duas colunas de modo que, da próxima vez, possa resistir à mais terrível das tormentas.


TEMPORA SI FUERINT NUBILA, SOLUS ERIS

Vai entener...


É, neste exato momento estou sentado a mesa, papel em frente e chacoalho meu cérebro à quisa de inspiração mas qual... A falta de assunto me ataca e fico apavorado.
Talvez por estar com um abo aequipe trabalhando junto, o dia passou mais tranquilo. Menos stress, menos assunto para escrever, desabafar.
Mas falta de assunto é uma questão bastante relativa, puramente subjetiva.
Observo como laboratório, os homens enclausurados por ordem da justiça, os sentenciados, os presos.
Eles podem ficar detidos por anos a fio juntos, e sempre encontram assunto para falar.
Caramba! E como eles falam! Conversam entre si, com vizinhos de cela, com seus deuses, com qualquer um que acreditam poder lhes dar ouvidos.
De onde vem tamanha eloquência? Milhares de Musas devem ficar por conta de lhes inspirar. Pena que raramente apareça algo de positivo, Será que existem Musas do Mau? Estou começando a achar que sim.
É tanto assunto a ser comentado que quando um sujeito termina sua caminhada, quita sua dívida para com a Justiça e a Sociedade, tem o disparate de dizer a seu companheiro de cárcere:
"Semana que vem você receberá uma carta minha. Tenho um montão de coisas pra te contar!".
É, vai entender...

INCOPETÊNCIA!!!!!!!!!!


O país parou semana passada paa asistir ao dramático final de um relacionamento entre duas crianças, que se desenrolou por nada menos do que 101 horas, culminando tragicamente com a perda de uma vida e a tentativa de ceifar outras duas e que provavelmente atingiria seu nadir com o auto extermínio do autor, Lindemberg.
Nome famoso, escrito nos anais da história da aviação, o primeiro ser humano que obteve êxito na empreitada transatlântica sem escalas. Empreitada esta, corajosa e sem precedentes, que exigia garra e determinação de um homem que nasceu para encarar e vencer desafios.
Garra e determinação que a população espera encontrar naqueles que são treinados para, em situações iguais à ocorrida, manter a integridade física dos envolvidos, tentando causar com isso, os menores danos e traumas.
Esses bravos cavaleiros de armadura negra, escudos transparentes e capacetes reluzentes, que permitiram acontecer o que, na minha opinião, foi o maior vexame em Gerenciamento de Crise de todos os tempos!!! Optaram por perder duas reféns para salvar um bandido! Bandido sim! Fez a opção, efetuou disparos, agrediu as vítimas...
Vou parar por aqui, a indgnação está guiando meus dedos, e isso não é prudente.
Enfim, encerro com uma pergunta: Incopetência, Política ou uma Dualidade?
Pense...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

COMO CÃES E GATOS


Ontem me entreguei ao hedonismo. Dia de folga, temperatura um pouco mais amena, prato cheiopara ficar na cama até mais tarde. Quem me conhece bem sabe que esse mais tarde é muito tarde mesmo.
Meu pequeno luxo não paroou por aí. Resolvi os assuntos que mereciam meus cuidados na rua e não resisti. Junto aos barbeadores que comprei, veio uma caixa de cervejas Bohemia. Para completar o sofrimento, um filme recém lançado.
Você está se perguntando: E daí? O que isso tem a ver com o título? Bom, é aí que começa a história!
Uma cervejinha pede, é claro, um tira-gosto para acompanhar. Preparei uma carne e pronto, lá veio ele, que até então me ignorava por completo, não se dignando nem a dar passagem no estreito corredor da casa.
Diferente disso, com o aroma fragrante do meu prato de carne, ele agora virou meu melhor amigo. Vem miando alegremente e se esfrega em minhas pernas como quem diz olá companheiro! Há quanto tempo não nos vemos!!!
Gatos são animais tradicionalmente discriminados e hostilizados pelos homens, e carregam a pecha de arrogantes e egoístas. Não compartilho desse ponto de vista, os considero fluidos e elegantes.
Trabalhei aguns anos com cães e estes sim, são dignos de pena. Carinhosos e honestos, possuem um amor incondicional em relação a seus donos, desde os bonachões São Bernardos até os temerários Rotweillers.
Podem ser furiosa e covardemente espancados, maltratados e humilhados mas, ante a simples visão daquele seu provedor, sorriem alegremente com suas caudas. Pobres escravos, talvez um pouco de "fenilidade" (seria essa uma neologia?) os fizesse bem. Pelo menos melhor tratamento com certeza teriam.
Compartilharei com vocês agora, um pessamento por demais íntimo:
"Gostaria de ser mais GATO, Já me cansei de ser CÃO!!"

terça-feira, 7 de outubro de 2008

ARÍETE


Na minha opinião, a característica mais interessante da mente humana é a incrível capacidade que nossas idéias tem de se esconder, tão somente pegamos uma caneta.
Digo isso pois, voltando de Itauna domingo, formei diversos textos e ensaios com assuntos pertinentes à minha atual disposição, exorcizando meus fantasmas e aliviando a angústia que todas as noites vem me esmagar.
Agora aproveito um pequeno momento de individualiade e adivinha o que me acontece? A inspiração se esvai e fico com uma caneta carregada, uma folha de papel carente e nenhuma munição intelectual, certo de que, quando estiver em casa, a ponto de transcrever este rascunho me odiarei por não ter rabiscado aquelas ótimas idéias do domingo, nem que estivessem essas, no verso de um guardanapo de bar.


Já fazem seis meses que não atualizo este blog e sim, me envergonho disso mas, quando estava no ônibus intermunicipal retornando para casa, assumi o compromisso de dar mais atenção a ele.
Essa resolução faz parte de ,imha nova atitude, a qual estou chamando de "Efeito Aríete", e espero ter energia para continuar pensando desta forma para o meu próprio bem.
Aciono então meus amigos, o Aríete, que uma vez lançado não pode cessar seu movimento, a não ser na hora do impacto.
Espero com isso, atingir o local desejado...


ENJOY