terça-feira, 30 de junho de 2009

Não ofereça ecstasy a Thundercat

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A Ultima Pluma da Fênix


Eu já voei, e se voei!! Com minhas próprias asas de cera e penas, com as quais flutuei por vales e prados, fiordes e falesias. Senti emoções incríveis, ri muito, me sensibilizei, chorei bastante também.
Mas isso é inevitável aos voadores. Temos nossos altos e baixos. Ao mesmo tempo que estamos sob um céu anil, voando por sobre um claro e iridescente espelho d'agua, nos sujeitamos às possíveis variantes atmosféricas/emocionais, e quando menos esperamos, o céu se tornou nacarado, calcáreo, e o outrora espelho iridescente se transmuta em um feio "mar de chumbo", que suga, traga, engole, toda aquela paz e calmaria que acreditávamos tão confortáveis e estáveis, ahhh, inocência!
Bati de cara contra o chão, duro e frio, cinzento e silencioso e a ele optei por ficar preso, andando. Vil criatura que olha para os céus temerosa de alçar voos a fim de evitar futuras quedas.
No chão estou faz tempo, andando vagarosamente, às vezes ousando olhar para cima, pensando que seria bom voar novamente, sentir aquelas sensações, emoções, frios na barriga, borboletas no estômago. Pois é, eu tenho um pequeno segredo: junto com as penas que teci minhas anteriores asas, tinha uma bela pluma de Fênix, e esta pluma (maldita) amorteceu minha mente. Meu cérebro está cheio de algodão e gelo, confortável apesar de todas as turbulências passadas, que significa que já comecei a flutuar levemente, por enquanto, um baixo vôo de reconhecimento, que se mostrou aquecido e calmo, de onde avisto uma névoa diáfana e atrás dela, um vislumbre do que seria talvez, um espelho d'agua.
Após o curto vôo adormeço e me flagro ao acordar "apertando contra o rosto o fantasma de um olfato ", que faz meu dia brilhar ao mesmo tempo que me vem o seguinte pensamento:
Caramba, lá se vai minha ultima pluma de Fênix! (onde está Dédalo quando precisamos dele??)