Não faz muito tempo, sofri aquela que pode, acredito, ser considerada a pior traição que um homem pode sofrer:
Fui mordido por meu próprio cachorro. Ele deve ter tido seus motivos, motivos caninos, mas não deixam de ser justos na cabeça dele. (eu sei o que aconteceu, a culpa foi minha mesmo, foi mordida culposa, sem intenção).
Mas, após superar com muito custo tal trauma, sou surpreendido por outra nova felonia, perfídia mesmo, talvez em igual nível de intensidade... fui traído pela tecnologia! Justo nos momentos em que nossa vida social retrai qual maré em dia de tsunami, quando ficamos em casa a mercê dos duendes invisíveis que nos conectam ao mundo exterior, naquela hora na qual mergulhamos com sofreguidão no melhor dos dois mundos (cerveja e chocolate), sem esquecer da internet, claro, a mágica se vai, perde-se no mundaréu de fios e cabos, wi-fis e wireless, bluetooths e demais expressões que não sabemos para que servem nem como funcionam realmente, e nos vemos navegando não, na verdade quase indo a pique na maré virtual, pois, mesmo contando uma Lamborghini na garagem, o posto só nos pode abastecer de carvão...
A vontade que tenho é de deixar a máquina do jeitinho que está na foto, a minha sorte é que pelo menos o meu bolso ainda tem consciência...
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